Mulher se torna dependente de medicamento para emagrecer em Patos de Minas; entenda riscos 

Uma mulher, que preferiu não se identificar, se tornou dependente de uma medicação para emagrecimento após compras frequentes e automedicação, em Patos de Minas. A farmácia que forneceu o remédio para a vítima foi condenada a pagar uma multa de R$ 15 mil por danos morais.

Conforme os autos do processo, a medicação controlada foi vendida sem a receita médica. O nutrólogo Éder de Paula explicou que o uso de remédios sem o acompanhamento médico pode ir além dos efeitos colaterais, mas também pode causar reações alérgicas e levar o paciente a óbito. 

“É individualizado, nem todo medicamento serve para todas as pessoas, essa necessidade vai precisar de exames laboratoriais para excluir causas”, disse o especialista.

Outro efeito colateral atribuído à automedicação de remédios controlados é a dependência. Por isso, é primordial que as farmácias cumpram o regulamento que exige dos pacientes a receita médica. De acordo com a farmacêutica Kéllen Ferreira, cada classe exige um receituário diferente. 

“É necessário a apresentação do documento para a gente coletar os dados e enviar para o Sistema de SGPC, no qual monitora a entrada e saída dos lotes e medicamentos controlados do estabelecimento”, relatou Kéllen. 

Diante deste cenário, é importante reforçar que os farmacêuticos, apesar de serem aptos a lidar na área da saúde e com medicações, não substituem o acompanhamento médico. Para o nutrólogo, a avaliação médica é fundamental para ajustar o remédio no decorrer de cada tratamento.